SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO...
Sábado, 25 de Dezembro de 2010
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus

Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus»
Deus na terra, Deus entre os homens! Desta vez, Ele não promulga a Sua Lei no meio dos relâmpagos, ao som da trombeta, numa montanha fumegante, na obscuridade de uma tempestade aterradora (Ex 19, 16ss.), mas recria-Se, de forma mansa e pacífica, num corpo humano, com os Seus irmãos de raça. Deus encarnado! Como pode a divindade viver na carne? Como o fogo subsiste no ferro, não deixando o local onde arde, mas comunicando-se-lhe. Com efeito, o fogo não se lança sobre o ferro mas, permanecendo no seu local, comunica-lhe o seu poder. Ao fazê-lo, não fica minimamente diminuído, mas preenche plenamente o ferro ao qual se comunica. Da mesma forma, Deus, o Verbo que «vive no meio de nós», não saiu de Si mesmo: «O Verbo que Se fez carne» não foi submetido à mudança; o céu não foi despojado d'Aquele que contém, e no entanto a terra acolhe no seu seio Aquele que está nos céus.
Apreende este mistério: Deus está na carne de forma a destruir a morte que nela se esconde. Quando se «manifestou a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens» (Tt 2, 11), quando «brilhou o sol de justiça» (Ml 3, 20), «a morte foi tragada pela vitória» (1Co 15, 54) porque não podia coexistir com a verdadeira vida. Ó profundidade da bondade de Deus e do amor de Deus pelos homens! Demos glória com os pastores, dancemos com os coros dos anjos, porque «hoje nasceu o Salvador que é o Messias Senhor» (Lc 2, 11-12).
«O Senhor é Deus; Ele tem-nos iluminado» [Sl 118 (117), 27], não sob a Sua aparência de Deus, para não assustar a nossa fraqueza, mas sob a forma de um servo, a fim de conferir a liberdade àqueles que estavam condenados à servidão. Quem teria o coração suficientemente adormecido e indiferente para não exultar de alegria, para não irradiar felicidade, perante este acontecimento? É uma festa comum a toda a Criação. Todos devem contribuir para ela, ninguém se deve mostrar ingrato. Elevemos nós também a voz para cantar o nosso júbilo!
Domingo, 22 de Agosto de 2010
Ter Lugar No Banquete Do Reino de Deus

Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30.
Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor! Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois. Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças. Responder-vos-á: ‘Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade. Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora. Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus. E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
Ter lugar no banquete do Reino de Deus
Que grande felicidade é possuir o Reino de Deus! Que grande alegria para ti, coração humano, pobre coração habituado ao sofrimento e esmagado pela dor, quando usufruíres de uma felicidade tal. E contudo, se outra pessoa, alguém que amasses como a ti mesmo, participasse de felicidade idêntica, a tua alegria redobraria, porque te alegrarias tanto por ti como por ele. E se dois ou três, ou muitos mais, possuíssem essa mesma felicidade, sentirias por cada um deles a mesma alegria que sentes por ti próprio, porque amarias cada um deles como a ti mesmo.
Assim, pois, nesta plenitude de amor que unirá os numerosos bem-aventurados, em que ninguém amará os outros menos que a si mesmo, cada um usufruirá da felicidade dos outros como da própria. E o coração do homem, incapaz de conter a própria alegria, será imerso no oceano de tão grandes e numerosas beatitudes. Ora, como sabeis, cada um se alegra com a felicidade dos outros na medida em que os ama; assim, nesta beatitude perfeita em que cada um amará a Deus incomparavelmente mais do que a si mesmo e a todos os outros, a felicidade infinita de Deus será para todos uma fonte de incomparável alegria.
Domingo, 24 de Janeiro de 2010
«Com o poder do Espírito»

Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.
Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra, resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído. Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
A Santa Igreja é o corpo de Cristo: um só Espírito a vivifica, a unifica na fé e a santifica. Este corpo tem por membros os crentes, de cujo conjunto se forma um só corpo, graças a um só Espírito e a uma só fé. [...] Assim, portanto, aquilo que cada um tem como próprio não é apenas para si; porque Aquele que nos concede tão generosamente os Seus bens e os reparte com tanta sabedoria quer que cada coisa seja de todos e todas de cada um. Se alguém tem a felicidade de receber um dom por graça de Deus, deve então saber que ele não lhe pertence apenas a si, mesmo que seja o único a possui-lo.
É por analogia com o corpo humano que a Santa Igreja, quer dizer, o conjunto dos crentes, é chamada corpo de Cristo, uma vez que recebeu o Espírito de Cristo, cuja presença num homem é indicada pelo nome «cristão» que Cristo lhe dá. Com efeito, este nome designa os membros de Cristo, os que participam do Espírito de Cristo, aqueles que recebem a unção d'Aquele que é ungido; porque é de Cristo que vem o nome de Cristão, e «Cristo» quer dizer «ungido»; ungido com este óleo da alegria que, preferido entre todos os companheiros (Sl 44, 8), recebeu em plenitude para partilhar com todos os seus amigos, como a cabeça o faz com os membros do corpo. «É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, a escorrer pela barba [...], a escorrer até à orla das suas vestes» (Sl 132, 2) para se espalhar por todo o lado e tudo vivificar. Portanto, quanto te tornas cristão, tornas-te membro de Cristo, membro do corpo de Cristo, participante do Espírito de Cristo.
Domingo, 27 de Dezembro de 2009
NATAL POR AMOR

- É exactamente isto que se passa no Natal: o Imenso, o Eterno poisou sobre o nosso nada, tornou-se criança que chora e tem fome e frio como nós... Jesus acampou no meio de nós, povo de peregrinos... para ficar sempre connosco! Isto sem deixar de ser Príncipe Divino! - Tudo isto, por um só motivo... POR AMOR... Vivemos hoje o Natal se... - Se soubermos escutar: como quem escuta o “mensageiro que anuncia a paz...”; como quem escuta o próprio Deus que, nestes dias, nos fala “por Seu Filho”! - Se soubermos ver: a Luz brilha nas trevas e é preciso abrir os olhos à Luz! Uma luz que é esperança para este mundo ainda às escuras, pois toda a esperança nasce de um lugar: Belém; de uma palavra: Natal, de uma Pessoa: Jesus. - Se soubermos receber: o Verbo, a Palavra Eterna, o Filho Único de Deus torna-nos filhos de Deus. Seremos “filhos no Filho” e participaremos da sua “glória”, que é a própria manifestação de Deus à humanidade! Natal é acolher Jesus, à maneira de Maria, e oferecê-l'O a todos! |
Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009
RAZÕES PARA A EUCARISTIA DOMINICAL

Que razões existem para um cristão, mesmo em formação na Catequese, dever participar na Eucaristia de Domingo?
O Domingo é, antes de mais, “um dia especial de festa, dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito, verdadeira Páscoa semanal”
1.UMA NECESSIDADE:
Desde a primeira comunidade que os cristãos se começaram a reunir no “8º dia”, para celebrarem o Senhor ressuscitado. Certamente faziam-no pela alegria de experimentarem a presença do Senhor na comunidade dos irmãos.
Porém, não o fariam regularmente se não fosse uma verdadeira necessidade de fé. De tal modo que alguns mártires diziam diante do tribunal: “nós não podemos passar sem o Domingo”.
O contrário também é verdade: nunca houve ninguém com uma fé verdadeiramente cristã que tivesse dispensado a participação na Eucaristia de Domingo como celebração da Páscoa semanal.
É ali, na celebração comunitária, que o cristão resolve os seus dilemas existenciais. É ali que recebe a divina energia para amar os seus irmãos e enfrentar os “vendavais” da caminhada.
2. UM PRECEITO:
Assim como os outros mandamentos continuam válidos, ainda que os possamos expressar de modo mais actual, também o terceiro mandamento: “Guardar Domingos e festas” continua válido.
O preceito continua actual, sobretudo como forma pedagógica de nos fazer ver a necessidade da Eucaristia Dominical.
O facto de termos um preceito (“obrigação de participar todos os domingos”) indica a importância do que está em causa. Se eu tenho obrigação moral de participar, isso funciona como uma “mola” que me impele à participação.
Porém, na fé, como no amor e amizade, tudo parte da experiência de nos sentirmos queridos por Alguém. Participar na Celebração Dominical é reconhecer que há um Coração infinito a bater por mim e o mínimo que posso fazer é mostrar gratidão e cantar a alegria inefável desse amor. E nunca conseguimos fazer festa sozinhos... Trata-se, pois, de um preceito que brota do amor...
3. UM RECONHECIMENTO:
Assim como um jogador não pode chamar-se tal se deixar de jogar e um adepto de um clube perde a sua identidade se deixar de ir ao estádio... Também o cristão não pode ser reconhecido como tal se deixar de participar no Domingo, pois aí está um dos “aspectos específicos” que o identificam.
Naturalmente que o cristão é chamado a viver uma fé completa: acreditada, celebrada, rezada e vivida. Se vivesse só uma fé celebrada, sem professar uma fé comunitária, sem a oração e sem a caridade, isso não bastaria. Porém, a experiência diz-nos que, sem a Eucaristia, o meu acreditar esmorece, o meu rezar desaparece e o meu viver empalidece...
Sem a Eucaristia dominial, eu não me reconheço como cristão e não sou reconhecido como tal pelos outros. Assim, um cristão não praticante é um praticante de não cristianismo...
Também aqui se aplica a frase do famoso escritor: “ser ou não ser, eis a questão". Na vida como na fé, não se pode querer ser e não ser ao mesmo tempo, há que decidir...
4. UM COMPROMISSO:
Naturalmente que eu posso ser sempre boa pessoa. Há muita gente sem fé ou com outros credos que consegue ter um espírito de solidariedade para com os outros. Porém, quando me cansar de ser bom, o que é que me leva ainda a amar os outros? Nada. Corro o risco de me fechar no “tsunami” de egoísmo cultural que a todos quer arrastar...
Na verdade, Jesus não inventou o amor, mesmo amor de solidariedade para com os necessitados. O que Ele fez foi centrá-lo na vida de fé, temperá-lo com o seu próprio testemunho e dimensioná-lo como ponte para o infinito... De tal modo que o limite do amor consiste em “dar a vida”!
Nada há de mais provocador, em relação à vida instalada e apressada, do que o Evangelho que recebemos como palavra sempre nova, na celebração dominical.
A Eucaristia leva-nos a ser construtores de uma nova humanidade, da “civilização do amor”, a interferir positivamente nos nossos ambientes.
5. UM ACTO CATEQUÉTICO:
A catequese não é uma acção teórica, à maneira de uma disciplina escolar baseada em novos conhecimentos.
Na catequese, dá-se um verdadeiro “aprender a ser”, um aprender a fé em todas as dimensões.
Por isso, simplesmente, não há catequese sem Eucaristia. Nesse caso, estaríamos perante um ATL religioso, uma espécie de Educação Moral, em ordem a certos valores e como condição para as “comunhões”. Naturalmente que pode ter de haver uma certa aprendizagem, sobretudo até à Primeira Comunhão! Mas depois não faz sentido separar catequese e Eucaristia dominical, participando apenas numa delas.
Quantas vezes, tranquilizamos a consciência, numa espécie de “engano colectivo”, mesmo se sabemos que estamos a viver uma contradição!
Ora, será que faz sentida toda esta situação apenas para não termos o incómodo eclesial de pedir que haja uma decisão? Uma decisão dos catequizandos e catecúmenos ou uma decisão dos pais, conforme as idades, mas sempre uma decisão? Não era uma decisão que a comunidade tomava nos primeiros séculos, no sentido de dizer se certa pessoa já poderia passar à etapa seguinte no caminho de formação cristã (catecumenato)?
Se quero ser cristão, e a catequese é para me ajudar a ser, não posso rejeitar o centro, o coração da fé que é o próprio Jesus ressuscitado presente na Eucaristia!
Domingo, 11 de Outubro de 2009
«Terás um tesouro no Céu»

Evangelho segundo S. Marcos 10,17-30.
Quando se punha a caminho, alguém correu para Ele e ajoelhou-se, perguntando: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?» Jesus disse: «Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus. Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe.» Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso desde a minha juventude.» Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens. Olhando em volta, Jesus disse aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas!» Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus prosseguiu: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.» Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode, então, salvar-se?» Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.» Pedro começou a dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.» Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Terás um tesouro no Céu»
Cristo tinha dito ao jovem: «Se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos» (Mt 19, 17). E ele pergunta: «Quais?», não para O pôr à prova, longe disso, mas por supor que o Senhor tem para ele, a par da Lei de Moisés, outros mandamentos que lhe proporcionem a vida; era uma prova do seu desejo ardente. Depois de Jesus lhe enunciar os mandamentos da Lei, o jovem diz-Lhe: «Tenho cumprido tudo isso»; mas prossegue: «Que me falta ainda?» (Mt 19, 20), sinal certo desse mesmo desejo ardente. Não são as almas pequenas as que consideram que ainda lhes falta alguma coisa, aquelas a quem parece insuficiente o ideal proposto para alcançarem o objecto dos seus desejos.
E que diz Cristo? Propõe-lhe uma coisa grande; começa por propor-lhe a recompensa, declarando: «Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que possuíres, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-Me». Vês o preço, a coroa que Ele oferece como prémio desta corrida desportiva? [...] Para o atrair, propõe-lhe uma recompensa de grande valor e apresenta-lhe o cenário completo. Aquilo que poderia parecer penoso permanece na sombra. Antes de falar de combates e de esforços, mostra-lhe a recompensa: «Se queres ser perfeito», diz-lhe: eis a glória, eis a felicidade! [...]
tags: bíblia;jesuscristo;mensagens;pensamentos,
caminho;mensagens;reflexão;vida;sabedori,
eucaristia;evangelho;vida;palavradedeus;,
evangelho;vida;jesuscristo;mensagens;,
jardim dos pensadores,
liturgia;palavradedeus;mensagens;reflexã,
mandamentos; blog;blogs;mensagens;vida;,
o bom pastor dá a sua vida pelas suas ov,
reflexão;evangelho;vida;jesuscristo;,
santos;vida;religiãocatólica;sabedoria,
vida;reflexão;mensagens;evangelho;jesusc
Domingo, 4 de Outubro de 2009
27º. DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

Evangelho segundo S. Marcos 10,2-16.
Aproximaram-se uns fariseus e perguntaram-lhe, para o experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher. Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?» Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.» Jesus retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito. Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.» De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto. Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.» Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.» Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Deixai vir a Mim os pequeninos»
Os pais, que transmitiram a vida aos filhos, têm uma gravíssima obrigação de educar a prole e, por isso, devem ser reconhecidos como seus primeiros e principais educadores. Esta função educativa é de tanto peso que, onde não existir, dificilmente poderá ser suprida. Com efeito, é dever dos pais criar um ambiente de tal modo animado pelo amor e pela piedade para com Deus e para com os homens, que favoreça a educação integral, pessoal e social, dos filhos. A família é, portanto, a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade.
Mas é sobretudo na família cristã, ornada da graça e do dever do sacramento do matrimónio, que os filhos devem ser ensinados, desde os primeiros anos, segundo a fé recebida no baptismo, a conhecer e a adorar a Deus, e a amar o próximo; é aí que eles encontram a primeira experiência, quer da sã sociedade humana, quer da Igreja; é pela família, enfim, que são a pouco e pouco introduzidos no consórcio civil dos homens e no Povo de Deus. Cabem portanto os pais na conta da importância da família verdadeiramente cristã na vida e no progresso do próprio Povo de Deus.
Domingo, 1 de Fevereiro de 2009
ÉIS UM NOVO ENSINAMENTO

Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28.
Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar. E maravilhavam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei. Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno, que começou a gritar: «Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.» Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.» Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito. Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!» E a sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Eis um novo ensinamento»
«Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito.» É esta a sua maneira de exprimir a sua dor: sacudindo-o com violência. Uma vez que não podia alterar a alma do homem, o demónio exerceu a sua violência no corpo dele. Estas manifestações físicas eram, aliás, o único meio que tinha à sua disposição para demonstrar que estava a sair. Tendo o espírito puro manifestado a sua presença, o espírito impuro bate em retirada. [...]
«Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto?»» Olhemos para os Actos dos Apóstolos, e para os sinais que os primeiros profetas nos deram. Que dizem os magos do Faraó perante os prodígios de Moisés? «Está aí o dedo de Deus» (Ex 8,15). É Moisés que os realiza, mas eles reconhecem o poder de outrem. Posteriormente, os apóstolos fizeram outros prodígios: «Em nome de Jesus, levanta-te e anda!» (Act 3,6); «E Paulo disse ao espírito: «Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias desta mulher»» (Act 16,18). O nome de Jesus é sempre citado. Mas aqui, que diz Ele? «Sai desse homem», sem mais pormenores. É em Seu próprio nome que Ele ordena ao espírito que saia. «Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento».» A expulsão do demónio não tinha em si nada de novo: os exorcistas dos hebreus faziam-no frequentemente. Mas que diz Jesus? Qual é este ensinamento novo? Onde está então a novidade? É que Ele impõe-Se com a Sua própria autoridade aos espíritos impuros. Ele não cita ninguém: é Ele próprio que dá as ordens; Ele não fala em nome de ninguém, mas sim com a Sua própria autoridade
Domingo, 18 de Janeiro de 2009
"FICARAM COM ELE NESSE DIA"
Evangelho segundo S. João 1,35-42.
No dia seguinte, João encontrava-se de novo ali com dois dos seus discípulos. Então, pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!» Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus. Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi que quer dizer Mestre onde moras?» Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.» Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram as quatro da tarde. André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus. Encontrou primeiro o seu irmão Simão, e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» que quer dizer Cristo. E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» que significa Pedra.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Ficaram com Ele nesse dia»
«João encontrava-se de novo ali, com dois dos seus discípulos.» João era de tal maneira «amigo do Esposo», que não procurava a sua própria glória, limitando-se a dar testemunho da verdade (Jo 3, 29.26). Ter-lhe-á ocorrido reter os seus discípulos, impedindo-os de seguir o Senhor? De maneira nenhuma. Pelo contrário, aponta-lhes Aquele a Quem devem seguir. [...] «Por que permaneceis ligados a mim?», pergunta-lhes. «Eu não sou o Cordeiro de Deus. Eis o Cordeiro de Deus [...], Aquele que tira os pecados do mundo.»
A estas palavras, os dois discípulos que estavam com João seguiram Jesus. «Jesus voltou-Se e, notando que eles O seguiam, perguntou-lhes: "Que pretendeis?" Eles disseram-Lhe: "Rabi, que quer dizer Mestre, onde moras?"» Ainda não O seguiam de maneira definitiva; sabemos que se ligaram a Ele quando os chamou a deixarem a barca [...], quando lhes disse: «Vinde após Mim e Eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Foi a partir desse momento que se ligaram a Ele para nunca mais O deixarem. Para já, queriam ver onde Jesus morava, e pôr em prática aquela palavra da Escritura que diz: "Se vires um homem sensato, madruga para ir ter com ele, e desgastem os teus pés o limiar da sua porta. Fixa a tua atenção nos preceitos de Deus» (Ecli 6, 36-37).
Jesus mostrou-lhes, pois, onde morava; e eles ficaram com Ele. Que dia feliz aquele! Que noite bem-aventurada! O que eles terão ouvido da boca do Senhor! Construamos, também nós, uma morada no coração, ergamos uma casa onde Cristo possa vir instruir-nos e conversar connosco.
Domingo, 11 de Janeiro de 2009
BAPTISMO DE JESUS

«Tu és o meu Filho muito amado»
Evangelho segundo S. Marcos 1,7-11.
E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias. Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo.» Por aqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no Jordão. Quando saía da água, viu serem rasgados os céus e o Espírito descer sobre Ele como uma pomba. E do céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado, em ti pus todo o meu agrado.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Hoje o céu abriu-se, o Espírito desceu sobre Jesus e a voz do Pai domina as águas:
«Tu és o meu Filho muito amado». Hoje nasceu o Sol sem ocaso e o mundo está iluminado com a luz do Senhor. [...] Hoje as nuvens derramam sobre a humanidade uma rosácea celeste de justiça. Hoje Aquele que não foi criado permite que Aquele que criou Lhe imponha a mão. Hoje o profeta e precursor chega antes do seu Mestre, mas fica ao seu lado, a tremer, ao ver a condescendência de Deus para connosco.
Hoje as marés do Jordão transformam-se em fonte de salvação na presença do Senhor. [...] Hoje as ofensas dos homens são apagadas nas águas do Jordão. Hoje o paraíso abre-se diante da humanidade e o Sol da justiça brilha sobre nós (Mal 3, 20) [...] Hoje o Mestre dispõe-Se a ser baptizado para salvar o género humano. Hoje Aquele que não Se pode baixar inclina-Se diante do Seu servidor para nos livrar da escravatura. Hoje adquirimos o Reino dos céus, pois o Reino do Senhor não terá fim.
Hoje a terra e o céu partilham da alegria do mundo e o mundo está cheio de júbilo. «Ao verem-Vos, as águas, oh Deus, as águas tremeram» (Sl 77, 17). «O Jordão voltou para trás» (Sl 113, 3) ao ver o fogo da divindade vir até ele em corpo e descer à sua corrente. O Jordão voltou para trás ao ver o Espírito Santo descer do céu transformado em pomba e pairar sobre Ti. O Jordão voltou para trás ao ver o Invisível tornar-Se visível, o Criador fazer-Se carne, o Senhor tomar a aparência de um escravo. [...] As nuvens fizeram escutar a sua voz na admiração que lhes causava a vinda a nós da Luz da Luz, do Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.
É a festa do Senhor que nós vemos hoje no Jordão. Vemo-Lo deitar ao Jordão a morte que nos valeu a desobediência, o aguilhão do erro, as correntes do inferno e dar ao mundo o baptismo da salvação.