SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO...

Domingo, 1 de Janeiro de 2012
SANTA MÃE DE DEUS, MARIA. (Solenidade)

Evangelho segundo S. Lucas 2,16-21.

Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura.
Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino.
Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores.
Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração.
E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.
Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.

Comentário ao Evangelho
«Glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido»

Vinde, sábios, admiremos a Virgem Mãe, a filha de David, esta flor de beleza que deu à luz a maravilha. Admiremos a fonte donde brota o princípio, a embarcação completamente carregada de alegrias que nos traz a mensagem vinda do Pai. No seu seio puríssimo, recebeu e trouxe este grande Deus que governa a criação, este Deus por Quem a paz reina na terra e nos céus. Vinde, admiremos a Virgem puríssima, maravilhosa em si mesma, a única criatura que deu à luz sem ter conhecido homem. A sua alma estava cheia de assombro, e todos os dias glorificava a Deus na alegria, por estes dons que parecia não poderem unir-se: a sua integridade virginal e o seu Filho bem-amado. Sim, abençoado seja Quem dela nasceu!
Ela tem-No dentro de si e canta os Seus louvores com suaves cânticos:«O Teu lugar, meu Filho, é acima de todas as coisas ; mas, porque assim o desejaste, vieste repousar em mim. Os céus são demasiado estreitos para a Tua majestade, e eu, que sou tão pequena, trago-Te dentro de mim! Que venha Ezequiel e Te veja no meu regaço; que ele se prostre e adore; que reconheça em Ti aquele que viu sentar-Se no carro dos querubins (Ez 1) e que me proclame bem-aventurada, graças a Quem trago dentro de mim! Isaías, que proclamaste: «Eis, a Virgem concebeu e deu à luz um filho» (7,14), vem, contempla, congratula-te comigo. Eis que dei à luz mantendo intacto o selo da minha virgindade. Contempla o Emanuel, que permaneceu escondido para ti.

«Vinde a mim, vós, os sábios, chantres do Espírito, profetas que nas vossas visões tivestes a revelação das realidades escondidas, agricultores que, após terdes semeado, adormecestes na esperança. Levantai-vos, saltai de alegria vendo a colheita dos frutos. Eis nos meus braços a espiga de vida que dá pão aos que têm fome, que satisfaz os miseráveis. Congratulai-vos comigo: recebi uma braçada de alegrias!»

 



publicado por saozinhasimoes às 22:51
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Domingo, 4 de Dezembro de 2011
«Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias»

 

2º Domingo do Advento – Ano B

Evangelho segundo S. Marcos 1,1-8.

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Conforme está escrito no profeta Isaías: Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, a fim de preparar o teu caminho.
Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.’
João Baptista apareceu no deserto, a pregar um baptismo de arrependimento para a remissão dos pecados.
Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
João vestia-se de pêlos de camelo e trazia uma correia de couro à cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
E pregava assim: «Depois de mim vai chegar outro que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para lhe desatar as correias das sandálias.
Eu baptizei-vos em água, mas Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo.»


Comentário ao Evangelho

«Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias»

[ «Então veio Jesus da Galileia ter com João ao Jordão para ser baptizado por ele. João opunha-se, dizendo: 'Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti'» (Mt 3,13-14)]. Na Tua presença, Senhor Jesus, não posso calar-me, porque sou a voz, a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor. Sou eu que tenho necessidade de ser baptizado por Ti e Tu vens a mim? [...] Tu que eras no princípio, Tu que estavas em Deus e eras Deus (Jo 1,1); Tu que és o resplendor da glória do Pai e a imagem da Sua substância (Heb 1,); Tu que, quando estavas no mundo, vieste aonde já estavas; Tu que Te fizeste carne a habitaste entre nós (Jo 1,14; 14,23), e que tomaste a condição de servo (Fil 2,7); Tu que uniste a terra e o céu pelo Teu santo nome – és Tu que vens a mim? Tu que és grande, ao pobre que eu sou? O Rei ao precursor, o Senhor ao servo?

Conheço o abismo que separa a terra do Criador. Sei que diferença há entre o pó da terra e Aquele que o modelou (Gn 2,7). Sei quão longe está de mim o Teu sol de justiça, de mim que sou apenas a lâmpada da Tua graça (Mal 3,20; Jo 5,35). E, embora Te encontres revestido pela nuvem puríssima do Teu corpo, reconheço a minha condição de servo e proclamo a Tua magnificência. «Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias.» Como ousaria então tocar o alto imaculado da Tua cabeça? Como ousaria estender a mão para Ti, que «estendeste os céus como um pavilhão» e que «estendeste a terra sobre as águas» (Sl 103,2; 135,6)? Que oração farei sobre Ti, que até as preces daqueles que Te ignoram acolhes?

 



publicado por saozinhasimoes às 16:04
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Domingo, 6 de Novembro de 2011
Aí VEM O NOIVO, IDE AO SEU ENCONTRO

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo.
Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo;
enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias.
Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram.
A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!  
Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se. ‘
Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o. ‘
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta!’
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço. ‘
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.

Comentário ao Evangelho
«Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!»

Meu Deus, minha suave Noite, quando para mim chegar a noite desta vida, faz com que adormeça docemente em Ti, e experimente esse feliz descanso que preparaste para os que Te são queridos. Que o olhar calmo e gracioso do Teu amor ordene e disponha com bondade os preparativos para as minhas núpcias. Que a abundância da Tua bondade, cubra a pobreza da minha vida indigna; que a minha alma habite nas delícias da Tua caridade numa confiança profunda.

Ó amor, sê então para mim uma noite tão bela, que a minha alma diga com júbilo e alegria ao meu corpo um suave adeus e que o meu espírito, voltando ao Senhor, repouse em paz à Tua sombra. Então dir-me-ás claramente: «Aí vem o Noivo: sai agora e une-te a Ele mais intimamente, a fim de te deleitares com a glória do Seu rosto».

Quando, quando Te mostrarás, para que Te veja e acorra com deleite a essa fonte viva que és Tu, meu Deus? (Is 12,3) Então beberei, inebriar-me-ei na abundância da doçura dessa fonte viva, que brota das delícias da face Daquele que a minha alma deseja (Sl 41,3). Ó doce presença, quando me preencherás de Ti? Então entrarei no santuário admirável, até à contemplação de Deus (Sl 41,5); para já, estou apenas à entrada, e o meu coração geme pela duração do meu exílio. Quando me saciarás de alegria com a Tua suave presença? (Sl 15,11) Então contemplarei e abraçarei o verdadeiro Esposo da minha alma, o meu Jesus. Aí conhecer-me-ei como sou conhecida (1Co 13,12), amarei como sou amada; deste modo ver-Te-ei, meu Deus, tal como és (1Jo 3,2), na Tua visão, no Teu gozo e na Tua bem-aventurada posse para sempre.

 



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Domingo, 2 de Outubro de 2011
DAR FRUTO

Evangelho segundo S. Mateus 21,33-43.

 

Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe.
Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam.
Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma.
Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.
Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.
E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?»
Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.»
Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos?
Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.

 

Comentário ao Evangelho:

Dar fruto

 

O Senhor está permanentemente a comparar a alma humana com uma vinha: «O meu amigo possuía uma vinha numa colina fértil» (Is 5,1); «plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe» (Mt 21,33). É, evidentemente, à alma humana que Jesus chama a Sua vinha, foi a ela que cercou, como se fosse uma sebe, com a segurança que proporcionam os Seus mandamentos e a protecção dos Seus anjos, porque «o anjo do Senhor assenta os seus arraiais em redor dos que O temem» (Sl 33,8). Em seguida, ergueu em nosso redor uma paliçada, estabelecendo na Igreja «primeiro, apóstolos, segundo, profetas, terceiro, doutores» (1Cor 12,28). Por outro lado, através dos exemplos dos homens santos de outrora, eleva-nos os pensamentos, não os deixando cair por terra, aonde mereciam ser pisados. Deseja que os abraços da caridade, quais sarmentos de uma vinha, nos liguem ao nosso próximo e nos levem a repousar Nele. Assim, mantendo permanentemente o impulso em direcção aos céus, elevar-nos-emos como vinhas trepadeiras, até aos mais altos cumes.


O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora, uma alma é podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo, que são um fardo para o nosso coração. Assim, aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a ligação às riquezas, ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela miserável vanglória, foi, por assim dizer, podado, e voltou a respirar, liberto do fardo inútil das preocupações deste mundo.


Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas lenha, ou seja, viver com ostentação, ou procurar os louvores dos de fora. Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao verdadeiro agricultor (Jo 15,1).

 



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Domingo, 18 de Setembro de 2011
O PAI-NOSSO “DE ASSIS”

 

 

Pai que olhas por igual todos os teus filhos,

és nosso Pai, de todos,

dos quatro mil milhões de pessoas que povoam a terra,

seja qual for a nossa idade, cor ou lugar de nascimento.

 

Estás nos céus e na terra

e em cada homem, nos humildes

e nos que sofrem.

 

Santificado seja o vosso nome

nos corações pacíficos de todos,

homens e mulheres, crianças e velhos,

daqui e dali.

 

Venha o teu reino, o da paz,

o do amor, o da justiça,

o da verdade, o da liberdade.

 

Faça-se a tua vontade,

sempre e em todas as nações e povos.

No céu, na terra.

Que os teus planos de paz não sejam destroçados

pelos homens violentos, pelos tiranos.

 

Dá-nos o pão de cada dia,

que está amassado com paz, com justiça, com amor.

E afasta de nós o pão da tirania e do ódio

que alimenta rancores e divisão.

 

Dá-no-lo hoje, porque amanhã pode ser tarde.

Os mísseis estão a apontar

e quem sabe algum louco queira disparar.

 

Perdoa-nos,

não como nós podemos perdoar,

mas como tu perdoas, sem ressentimentos,

sem rancores ocultos.

 

Não nos deixes cair em tentação

de olhar com desconfiança para o que está à nossa frente,

de esquecermos os nossos irmãos necessitados,

de acumular o que outros necessitam,

de viver bem à custa dos demais.

 

Livra-nos do mal que nos ameaça. Dos egoísmos dos poderosos,

da morte que produzem a fome, as guerras e as armas.

Porque somos muitos, Pai,

os que queremos viver em paz e construir a paz para todos.

 

Proclamado em Assis, no primeiro encontro mundial das Religiões

 



publicado por saozinhasimoes às 18:56
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Domingo, 7 de Agosto de 2011
OBSERVE O SOL


Embora a maioria permaneça dormindo, ele proporciona a cada manhã um dos maiores espetáculos da terra...
É a vida que recomeça, dando a cada um a oportunidade de fazê-la melhor a cada instante.

OBSERVE AS FLORES

Amanhecem felizes, não têm nenhum tipo de ansiedade, porque não competem entre si.
Cada uma tem o seu papel e a sua importância na beleza da vida.

Vivem em harmonia e por isso constroem um cenário harmonioso e inesquecível.
Tudo à nossa volta festeja o novo dia que começa.
Tudo é benção!
Tudo é luz!
Tudo é vida!
Torne este momento inesquecível,
Repleto de silêncio e gratidão.
Gratidão à existência que lhe deu esta oportunidade, gratidão a todos os que o auxiliam nesta jornada.

Estar vivo é o grande milagre!
Você não precisa de mais nada para se sentir a pessoa mais feliz do mundo!

Coração agradecido fala directamente com Deus.
Nada neste mundo faz sentido se não tocamos
o coração das pessoas.
Se a gente cresce com os
golpes duros da vida, também pode crescer com
os toques suaves na alma.

 



publicado por saozinhasimoes às 18:26
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Domingo, 29 de Maio de 2011
«Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco»

6º Domingo da Páscoa – Ano A

Evangelho segundo S. João 14,15-21.

 

«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos,
e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco,
o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós.»
«Não vos deixarei órfãos; Eu voltarei a vós!
Ainda um pouco e o mundo já não me verá; vós é que me vereis, pois Eu vivo e vós também haveis de viver.
Nesse dia, compreendereis que Eu estou no meu Pai, e vós em mim, e Eu em vós.
Quem recebe os meus mandamentos e os observa esse é que me tem amor; e quem me tiver amor será amado por meu Pai, e Eu o amarei e hei-de manifestar-me a ele».

Da Bíblia Sagrada

Comentário ao Evangelho                                      

«Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco»

Da mesma maneira que Jesus Cristo pregava, prega agora o Espírito Santo; da mesma maneira que Ele ensinava, ensina o Espírito Santo; da mesma maneira que Cristo consolava, consola e alegra o Espírito Santo. Que pedes? Que procuras? Que mais queres tu? Ter em ti um conselheiro, um pedagogo, um guardião, alguém que te guia, que te aconselha, que te encoraja, que te encaminha, que te acompanha em tudo! Finalmente, se não perderes a graça, Ele estará de tal modo a teu lado que não poderás fazer, nem dizer, nem pensar em nada que não passe primeiro pela Sua mão e pelo Seu santo conselho. Será para ti um amigo fiel e verdadeiro; não te abandonará se tu não O abandonares.

Da mesma maneira que Cristo, durante a Sua vida mortal, fazia grandes curas e espalhava a Sua misericórdia nos corpos daqueles que tinham necessidade d'Ele e O chamavam, assim este Mestre e Consolador opera obras espirituais, nas almas em que habita. Cura os coxos, faz com que os surdos oiçam, dá vista aos cegos, traz de regresso os transviados, ensina os ignorantes, consola os aflitos, encoraja os fracos (cf Mt 15,31). Cristo fazia estas obras santíssimas entre os homens e não podia tê-las feito se não fosse Deus; fazia-as com a natureza humana que tinha assumido e dizemos, portanto, que foram feitas por um Deus-homem. Do mesmo modo, a essas outras obras que o Espírito Santo faz aqui na terra, no coração em que habita, chamamos-lhes obras do Espírito Santo através do homem, aqui considerado como elemento secundário.


Não poderemos considerar como infeliz e desafortunado aquele que não possui essa união, aquele que não tem um tal Hóspede em sua casa? Dizei-me, já O recebestes? Já O chamastes? Já O importunastes para que Ele venha? Que Deus esteja connosco! Não sei como podeis viver privados de tão grande bem. Vede todos os bens, todas as graças e misericórdias que Cristo veio fazer aos homens: esse Consolador derrama-as a todas nas nossas almas.



publicado por saozinhasimoes às 14:54
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Domingo, 6 de Março de 2011
EDIFICADA SOBRE A ROCHA

 

9º Domingo do Tempo Comum - Ano A

 

Evangelho segundo S. Mateus 7,21-27.

 

«Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?’ E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.’» «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»

 

Da Bíblia Sagrada

 

Comentário ao Evangelho

 

Edificada sobre a rocha

 

Diz [o Esposo]: «Minha pomba nos buracos das rochas, nas cavidades dos penhascos, mostra-me o teu rosto e soe a tua voz aos meus ouvidos» (Ct 2, 14). (...) Alguém reconheceu nesses buracos as chagas de Cristo, e com toda a razão, porquanto Cristo é uma rocha (1 Cor 10, 4). Felizes cavidades, ao afiançarem a fé na ressurreição e na divindade de Cristo! «Meu Senhor e meu Deus!», disse [S. Tomé, Jo 20, 28], e donde se inspirou esta exclamação senão dos buracos dessa rocha? Ali «fazem os pardais para si uma casa e as rolas um ninho para colocar as suas crias» [Sl 84 (83), 4]; ali se refugia a pomba e observa, intrépida, a ave de rapina que por ela voaem círculos. Porisso diz: «Minha pomba nos buracos das rochas», e a pomba: «Colocou-me no alto de um rochedo» [Sl 27 (26), 5], ou ainda: «assentou os meus pés sobre a rocha» [Sl 40 (39), 3].

 

O homem sensato edifica a sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24) e não teme as investidas dos ventos nem as inundações, porque qual é o proveito que não advém dessa rocha? Sobre ela me ergo eu [Sl 27 (26), 6], me sinto seguro e mantenho firme; seguro perante o inimigo, firme à vista da queda, porque estou erguido acima da terra (Jo 12, 32), e tudo o que é da terra é duvidoso e caduco. A nossa estirpe é do céu e não tememos nem cair, nem que nos derrubem, porque a nossa rocha está no céu e nela toda a segurança que não falha. «Nos rochedos encontram refúgio os roedores» [Sl 104 (103), 18]. E onde poderá encontrar refúgio a nossa frágil constância se não for nas chagas do Salvador? Lá dentro posso habitar tanto mais seguro e confiante quanto maior é o Seu poder para me salvar. O mundo agita-se, o corpo oprime-nos, o diabo coloca-nos armadilhas: não caio, porque me encontro fundado sobre rocha firme (Lc 6, 48); turva-se-me a consciência se cometo algum pecado grave, mas não se perturba, porque me recordo das chagas do meu Senhor, que «foi ferido por causa das nossas iniquidades» (Is 53, 5). Pois o que haverá de tão mortífero que não tenha sido aniquilado pela morte de Cristo?

 

 

 

 



publicado por saozinhasimoes às 18:20
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Domingo, 30 de Janeiro de 2011
«Felizes os que choram, porque serão consolados»

Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.

 

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»

 

Da Bíblia Sagrada

 

Comentário ao Evangelho

 

«Felizes os que choram, porque serão consolados»

 

«Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte e começou a ensiná-los» A montanha a que Jesus subiu foi a da Sua própria felicidade e a da Sua essência, na qual Ele é um com Seu Pai. E foi seguido por uma grande multidão: é a multidão dos santos cuja festa se celebra hoje; todos O seguiram, cada um de acordo com a vocação a que Deus o chamou. Nisso devemos imitá-los, prestando antes de mais atenção à nossa vocação, para nos assegurarmos daquilo a que Deus nos chama e seguir então esta chamada.

 

 

Chegado ao cimo da montanha, Jesus começou a falar e proclamou as oito bem-aventuranças. «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.» A primeira virtude é a pobreza espiritual, porque ela é o início e a base de toda a perfeição. Viremos esta questão de todas as formas, no fundo, será sempre necessário que o homem seja despojado, desamarrado, livre, pobre e desligado de toda a riqueza, para que Deus realmente conclua a Sua obra. O homem tem de se desembaraçar de todo e qualquer laço; somente assim Deus poderá estar com ele.

 

 

«Felizes os mansos, porque possuirão a terra» por toda a eternidade. Dá-se aqui um passo mais porque, pela verdadeira pobreza, libertamo-nos dos obstáculos, mas com a doçura penetramos mais nas profundezas, expulsamos toda a amargura, toda a irritabilidade e toda a imprudência. Para quem é manso, nada é amargo. Para os que são bons, também tudo é bom; tudo vem do seu fundo bom e puro. Quem é manso possui a terra, residindo na paz, aconteça-lhe o que lhe acontecer. Mas, se não agires assim, perderás simultaneamente esta virtude e a paz, e poder-se-á dizer de ti que és um quezilento e comparar-te a um cão tinhoso.

 

 

«Felizes os que choram. Quem são por conseguinte estes que choram? Num certo sentido, são os que sofrem; noutro, são os que choram os seus pecados. Mas os nobres amigos de Deus, que neste aspecto são os mais felizes de todos, terminaram de chorar os seus pecados; e contudo não deixam de chorar: choram os pecados e as faltas do seu próximo. E assim, os verdadeiros amigos de Deus choram devido à cegueira e à miséria dos pecados do mundo.



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Domingo, 16 de Janeiro de 2011
«Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo»

 

2º Domingo do Tempo Comum - Ano A

 

Evangelho segundo S. João 1,29-34.

 

No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É aquele de quem eu disse: 'Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.' Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'. Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»

 

Da Bíblia Sagrada

 

Comentário ao Evangelho

«Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo»

 

«Cantai, ó céus, a obra do Senhor! Exultai de alegria, ó profundezas da terra! Saltai de júbilo, vós, montanhas, e tu, bosque, com todas as tuas árvores, porque o Senhor resgatou Jacob, manifestou a Sua glória em Israel» (Is 44, 23). Pode-se facilmente concluir desta passagem de Isaías que a remissão dos pecados, a conversão e redenção dos homens, anunciada pelos profetas, se cumpre em Cristo nos últimos dias. Com efeito, quando Deus, o Senhor, nos apareceu, quando Se fez homem, vivendo com os habitantes da terra, Ele, o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo, Ele, a vítima totalmente pura, que grande motivo de júbilo para as forças do alto e os espíritos celestiais, para todas as ordens dos santos anjos! Eles cantavam, eles cantavam o Seu nascimento segundo a carne: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado» (Lc 2, 14).

 

Se é verdade, conforme a palavra do Senhor – e é absolutamente verdade –, que «haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte» (Lc 15, 7), como duvidar de que haja alegria e júbilo nos espíritos do alto, quando Cristo traz à terra inteira o conhecimento da verdade, chama à conversão, justifica pela fé, torna brilhante de luz pela santificação? «Os céus rejubilam porque Deus teve misericórdia», não apenas para com Israel segundo a carne, mas para com Israel compreendido segundo o espírito. «Os fundamentos da terra», ou seja, os ministros sagrados da pregação do Evangelho, «tocaram a trombeta». A sua voz retumbante chegou a toda a parte; como as trombetas sagradas, ela ressoou em todas as partes. Eles anunciaram a glória do Salvador por todos os lugares, chamaram ao conhecimento de Cristo tanto os judeus como os pagãos.



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