SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO...
Quarta-feira, 13 de Junho de 2007
VIDA DE SANTO ANTÓNIO

 

Santo António nasceu em Lisboa (Portugal) em 1192, foi baptizado com o nome de Fernando que mais tarde trocaria por António. Era filho de pais ilustres: Martinho de Bulhões, cavaleiro do rei Afonso II de Portugal e Maria, aparentada com Failo I, o quarto rei das Astúrias.

       
Mas os maiores títulos de nobreza dos pais de Fernando eram de ordem espiritual, já que os dois professavam uma grande fé, tinham hábitos honestos e eram distinguidos por sua enorme prodigalidade para com os mais necessitados.

       Fernando herdou essas virtudes dos pais. No que se refere à piedade, cabe salientar a sua especial devoção a Nossa Senhora. Desde muito jovem escolheu-a como guia e mãe, visitando com frequência as igrejas e os mosteiros dedicados a Santa Maria.

        Aos 15 anos de idade, António ingressou no mosteiro de são Vicente de Fora dos Agostinianos. Desejoso de seguir o exemplo dos Franciscanos, e talvez o martírio, mudou seu nome para António, e foi aceito no Ordem Franciscana.  

Abandono o bulício do mundo

        Desde bem jovem Fernando estabelecera o seu futuro. Apesar de ter pais exemplares, o mesmo não ocorria no ambiente social da nobreza: a futilidade e o desperdício invadiam palácios e castelos. Decepcionado e desprezando aquela vida, Fernando dobrava o seu tempo de oração e pedia a Nossa Senhora que o iluminasse.
Depois, decidido, renunciou à herança paterna e aos títulos nobres e ingressou na comunidade dos cónegos regulares de Santo Agostinho, no mosteiro de São Vicente de Fora, que, como o nome indica, estava localizado nos arredores de Lisboa. Era o ano de 1208. Fernando acabava de completar 16 anos.  

     Na solidão do claustro, Fernando entregou-se com empenho à oração e ao estudo. Aprofundou-se na doutrina do grande doutor da igreja, Santo Agostinho, e começou a saborear a doçura e a suavidade do Senhor.

     Em razão da proximidade do mosteiro com a capital, Fernando recebia muitas visitas dos parentes e amigos, que perturbavam a paz que ele havia escolhido. Por este motivo decidiu abandonar aquele local e transferir-se para o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, sem trocar de ordem religiosa. Lá continuou a sua formação espiritual e intelectual com o intuito de viver em Cristo e por Cristo.

       Em 1219 Fernando ordenou-se sacerdote. Dedicou a sua aguda inteligência a conhecer mais profundamente as Sagradas Escrituras, que, sendo livros inspirados por Deus, contêm, "a plenitude da sabedoria"- expressão muito usual entre os mestres de teologia da Idade Média. Vale destacar que, na leitura dos Santos Padres da Igreja, guardava na memória tudo o que lia, levantando a admiração dos monges que o cercavam. Os anos que permaneceu em Coimbra foram determinantes para o conhecimento das ciências sagradas. Entretanto, esses progressos eram mais frutos da graça de Deus e de seu esforço pessoal do que do ambiente mona cal e do trabalho dos mestres competentes, pois naqueles anos os monges do mosteiros estavam envolvidos nas intrigas políticas de seu país, muito nefastas e cruéis.

 Prega na Itália e no Sul da França

        Depois de permanecer um longo período no eremitério de Monte Paulo (comarca da Romagna), frei António começou uma das etapas mais significativas de sua vida como evangelizador popular. 

        Naquela época, a Lombardia estava cheia de hereges, cátaros  e patarinos. António, com a eloquência da sua palavra e o conhecimento da Bíblia e sem a sofística dos hereges, conseguiu erradicar o mal dos corações de seus ouvintes, muitos dos quais, abjurando os erros, decidiram abraçar novamente a fé católica.

        No começo encontrou forte resistência por parte dos hereges, que impediam o comparecimento do povo aos seus sermões; e foi assim que diz a tradição o santo teve de recorrer à eficiência do milagre.

        Foi o que aconteceu, por exemplo, na cidade de Rímini, diante da apatia de um público que se negava a escuta-lo. António aproximou-se da praia, do mar Adriático, perto da foz do rio Marecchia, e começou a dirigir-se aos peixes, dizendo-lhes: Escutem a Palavra de Deus, peixes do mar e do rio, já que os hereges não querem escutá-la”.
        De repente, acudiu ao lugar uma multidão de peixes que levantava a cabeça para fora da água e escutava, mansos e em perfeita ordem.

       O facto propagou-se por toda a cidade e as pessoas passaram a escutar o santo; até mesmo um considerável número de hereges converteu-se à fé católica.

        Em Assis (Itália), encontrou-se com São Francisco, surgindo entre eles uma amizade sincera e duradoura. Incentivado pelo santo patriarca, revelou-se grande pregador da Palavra de Deus e descobriu assim o destino da sua vida. Em suas pregações, combatia com veemência as injustiças e desordens sociais, a exploração dos pobres pelos usurários e a vida incorrecta de certos sectores do clero.


         Leccionou teologia nas Universidades e Bolonha e Pádua(Itália), Toulouse e Montpellier (França). Proferiu célebres sermões adquirindo grande fama como orador sacro. Sua palavra era acompanhada por milagres e prodígios diversos, o que contribui para o crescimento de seu prestígio e santidade.

                                Morre aos 39 anos

        No ano de 1230, Frei António retirou-se para uma localidade perto da cidade de Pádua. Com a saúde debilitada pelo excesso de trabalho apostólico, pelo jejum e pela penitência, recolheu-se no convento -eremitério de Arcela dos frades franciscanos, em Camposampiero, perto do castelo de um amigo seu, nobre e conde. Em volta do castelo havia um bosque espesso e nele, uma nogueira enorme com uma ramagem densa e a copa em forma de coroa. Frei António pediu ao nobre cavaleiro que construísse para ele uma pequena cela entre os galhos da árvore, como lugar afastado e próprio para o silêncio e para contemplação.

       Um dia, enquanto fazia a frugal refeição no convento de Argela, foi acometido por um forte mal-estar, que paralisou todos os membros do seu corpo. Os frades o levantaram e deitaram sobre um leito de palhas. António foi piorando progressivamente. Pediu a presença de um religioso para se confessar, que lhe ministrou também o sacramento da unção dos enfermos. Depois de ter comungado, entoou o seu hino predilecto a Nossa Senhora, a quem sempre demonstrara grande devoção:  ("Ó Senhora gloriosa excelsa sobre as estrelas"). Depois com um sorriso e uma expressão de paz imensa, disse aos que o cercava: "Vejo o meu Senhor", e entregou a alma a Deus.

      Era sexta-feira 13 de Junho de 1231, tinha apenas 39 anos. Poucos dias depois, o corpo do frei António recebeu sepultura na igreja do convento dos frades menores de Santa Maria de Pádua.   Um ano, em 30 de Maio de 1232, o papa Gregório IX, inscreveu – o nos catálogos dos santos.

      Posteriormente em Pádua, ergue-se uma grande Basílica, na qual descansam as suas relíquias (a sua língua) que leva o seu nome, hoje é um grande centro de peregrinações, onde se dirigem pessoas do mundo inteiro.

         Santo António, conhecido também como padroeiro dos pobres, santo casamenteiro; é sempre invocado para achar objectos perdidos, e é muito lembrado nas festas populares

        Santo António quer que a nossa fé se fortaleza pelo bom exemplo e pelas boas acções, porque a fé sem obras é morta. A nossa vida está tão cheia de belas palavras e tão vazias de boas obras" (Santo António).



publicado por saozinhasimoes às 23:50
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