Era uma vez um homem que, quando era criancinha, quiseram falar-lhe de Deus. Mas alguém disse: «É muito cedo para lhe falar de religião; ele não compreende nada».
Chegou a idade escolar e a mãe pensou em mandá-lo frequentar a catequese. Mas o pai era de outra opinião e disse: «Não vai. Quando for maior de idade, será ele a dizer se quer que lhe falem de Deus ou não».
Quando já era jovem, convidaram-no a fazer parte de um grupo de fé. Ele respondeu: «Não tenho tempo, preciso de estudar e de me divertir».
Mais tarde casou e a esposa pediu-lhe que a acompanhasse à igreja. Ele respondeu: «Não tenho tempo, estou muito ocupado com os meus negócios».
Passaram os anos e ele foi adiando a questão da fé em Deus. Quando já era idoso e reformado, adoeceu gravemente.
Um dos netos perguntou-lhe se não queria a visita de um padre. Ele respondeu: «Hoje não tenho disposição para pensar nessas coisas de Deus. Fica para a próxima semana».
Aconteceu que, passados dois dias, ele morreu com oitenta anos. Durante todos esses anos de vida, não teve um minuto para escutar o que Deus tinha para lhe dizer. Deus queria dar-lhe uma boa notícia: que o amava muito.
Os cristãos fazem neste mês um tempo especial chamado Quaresma, que é precisamente para todos nós pensarmos em Deus e no seu amor para connosco.