SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO...
Domingo, 29 de Novembro de 2009
I DOMINGO DO ADVENTO
«Então hão-de ver o Filho do Homem vir»
Evangelho segundo S. Lucas 21,25-28.34-36.
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar; os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.» «Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embriaguez e as preocupações da vida, e que esse dia não caia sobre vós subitamente, como um laço; pois atingirá todos os que habitam a terra inteira. Velai, pois, orando continuamente, a fim de terdes força para escapar a tudo o que vai acontecer e aparecerdes firmes diante do Filho do Homem.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho
«Então hão-de ver o Filho do Homem vir»
«Aí vem o esposo» (Mt 25, 6). Cristo, o nosso esposo, pronuncia esta palavra. Em latim, o termo «venit» contém em si dois tempos do verbo: o passado e o presente, o que não impede de visar também o futuro. É por isso que vamos considerar três vindas do nosso esposo, Jesus Cristo.
Quando da primeira vinda, Ele fez-Se homem por causa do homem, por amor. A segunda vinda tem lugar todos os dias, frequentemente e em muitas ocasiões, em todos os corações que amam, acompanhada de novas graças e de novas dádivas, consoante a capacidade de cada um. A terceira vinda é aquela que terá lugar no dia do Juízo ou na hora da morte. [...]
O motivo por que Deus criou os anjos e os homens foi a Sua bondade infinita e a Sua nobreza, uma vez que Ele quis fazê-lo para que a beatitude e a riqueza que Ele próprio é sejam reveladas às criaturas dotadas de razão e para que estas possam saboreá-Lo no tempo e usufruí-Lo para lá do tempo, na eternidade.
O motivo por que Deus Se fez homem foi o seu amor imenso e o infortúnio dos homens, pois eles estavam alterados pela queda do pecado original e eram incapazes de se curarem dele. Mas o motivo por que Cristo realizou todas as Suas obras na terra não apenas segundo a Sua divindade mas também segundo a Sua humanidade é quádruplo, a saber: o Seu amor divino que não tem fim; o amor criado, ou caridade, que possuía na Sua alma graças à união com o Verbo eterno e graças à dádiva perfeita que Seu Pai Lhe fez; o grande infortúnio em que se encontrava a natureza humana; e, por fim, a honra de Seu Pai. Eis os motivos da vinda de Cristo, o nosso esposo, e de todas as Suas obras.
Domingo, 22 de Novembro de 2009
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
Evangelho segundo S. João 18,33-37.
Pilatos entrou de novo no edifício da sede, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu és rei dos judeus?» Respondeu-lhe Jesus: «Tu perguntas isso por ti mesmo, ou porque outros to disseram de mim?» Pilatos replicou: «Serei eu, porventura, judeu? A tua gente e os sumos-sacerdotes é que te entregaram a mim! Que fizeste?» Jesus respondeu: «A minha realeza não é deste mundo; se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá.» Disse-lhe Pilatos: «Logo, Tu és rei!» Respondeu-lhe Jesus: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho:
«Venha o Teu Reino» (Mt 6, 10)
O reino do pecado é inconciliável com o reino de Deus. Portanto se queremos que Deus reine sobre nós, «que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal». Mas «crucifiquemos os nossos membros no que toca à prática de coisas da terra», demos frutos do Espírito. Assim, como num paraíso espiritual, o Senhor passeará em nós, reinando sozinho com o Seu Cristo. Este será entronado em nós «à direita do Todo-Poderoso» que desejamos receber até que todos os Seus inimigos presentes em nós «se tornem estrado para os Seus pés» e seja expulso para longe «todo o principado, toda a dominação e poder».
Tudo isto pode acontecer em cada um de nós até que seja destruído «o último inimigo [...]: a morte» e Cristo diga em nós: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» Por isso, desde agora, que tudo o que é «corruptível» em nós se torne santo e «se revista de incorruptibilidade» e o que é «mortal» [...] se «revista da imortalidade» do Pai. Assim, Deus reinará sobre nós e estaremos desde já na alegria do novo nascimento e da ressurreição.
Terça-feira, 17 de Novembro de 2009
ESTRANHA DOENÇA
Uma estranha doença começou a espalhar-se por todo o mundo. Os que sofriam dela notavam que o seu coração se ia tornando cada vez mais pequeno. Iam perdendo as forças e a alegria. Só tinham vontade de estar deitados.
Os médicos não percebiam como isto era possível. Por mais medicamentos que receitassem, não conseguiam curá-los.
Alguns tentaram fazer transplantes de coração, mas este voltava novamente a ficar pequeno. Já não sabiam o que fazer.
Entretanto, a doença ia contagiando rapidamente mais pessoas. Os hospitais já estavam cheios e continuamente iam aparecendo novos doentes. Todo o mundo ficou doente do coração. Todos estavam nas suas camas, esperando o fim. Ou melhor, quase todos.
Havia uma pessoa que não tinha sido contagiada. Era um velhinho que, ao contrário de todos, tinha um coração grande. O seu coração era maior de que ao normal. Dedicou-se a cuidar dos doentes.
Deu-se conta de que, se pegasse na mão do doente, lhe sorrisse ou o levasse a ver a natureza, o seu coração pequeno começava a crescer. E, quando deixava a mão doente, o coração deixava de crescer. Depressa descobriu o que ninguém tinha conseguido descobrir: essa estranha doença, que encolhia os corações, era provocada pela falta de interesse pela vida, falta de atenção, de carinho e amor.
Pôs mãos à obra: começou a cuidar de doente por doente. Pegava-lhes na mão, sorria-lhes, e convidava-os a um passeio pelos jardins, aldeias, cidades, etc… Quando tinham o coração grande para ver e apreciar a vida, já se podia levantar da cama e ajudar a curar outros doentes.
Rapidamente foi-se espalhando por todo o mundo este novo medicamento, desconhecido por muitos. Começaram a aparecer em todas as partes pessoas de grande coração. Toda a gente se curou e os seus corações voltaram a bater com força. Desde então, se alguém voltava a sofrer daquela estranha doença, bastava pegar na mão e sorrir.
O NOME DO MEDICAMENTO É O AMOR
Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009
O ESPELHO
Era uma vez, um homem que só via
e realçava o mal em tudo o que fazia.
Um dia ele morreu e "partiu dessa para uma melhor".
Só que do lado de lá
havia um companheiro que não largava do seu pé,
e o acompanhava o tempo todo.
Era egoísta, pessimista, mal-humorado,
critico, mal-agradecido,
e que só sentia-se bem quando estava mal.
O homem, não o suportando mais,
foi a um anjo e implorou:
"Por favor, livra-me da companhia daquele sujeito,
eu já não o aguento mais..."
O anjo, entre admirado e compadecido, respondeu:
"Mas não há nenhum companheiro.
Aqui só existe um sistema de espelhos,
que faz com que cada um veja
e conviva com o que formou de si mesmo.
Depende de cada um, se pode ou não libertar-se.
Domingo, 8 de Novembro de 2009
«Deitou tudo quanto possuía»
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Continuando o seu ensinamento, Jesus dizia: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças, de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes; eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.» Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões. Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.»
Da Bíblia Sagrada
«Deitou tudo quanto possuía»
No Reino dos céus, todos os homens em conjunto, e como se fossem um só, serão um só rei com Deus, pois todos quererão uma só coisa e a sua vontade cumprir-se-á. Eis o bem que, do alto do céu, Deus declara pôr à venda.
Se alguém perguntar por que preço, eis a resposta: Aquele que oferece um Reino no céu não precisa de moeda terrestre. Ninguém pode dar a Deus o que já Lhe pertence, porque tudo o que existe é dEle. E, no entanto, Deus não dá coisas importantes sem que lhes seja estimado o preço: Ele não as dará a quem não as apreciar. De facto, ninguém dá coisas que lhe são queridas a quem não demonstrar ter apreço por elas. Então, e porque Deus não precisa dos teus bens, não deve dar-te uma coisa importante se desdenhares amá-Lo: Ele apenas reclama amor, e sem amor nada O obrigará a dar. Por isso, ama, e receberás o Reino. Ama, e possui-Lo-ás [...]. Ama portanto a Deus mais do que a ti mesmo, e logo começarás a ter o que queres possuir em plenitude no céu.