Depois do seu baptismo, cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.»
Jesus respondeu-lhe : «Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar mais alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver. Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.» Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és filho de Deus, atira-te daqui a baixo, pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem; e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.» tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até certo tempo.
Já ouviste falar do «demónio» ou do «diabo»?
A palavra grega «diabollein» significa principalmente dividir.
Em vez de imaginares uma espécie de monstro horrível, pensa que ele representa toda a espécie de más ideias que o homem pode ter.
Ao retirar-se para reflectir sobre a melhor maneira de viver a misão, Jesus ressente finalmente todas as tentações que a vida lhe reserva. Mas Jesus mostra que com Ele o mal não tem a última palavra!
Jesus não é um «super-homem». Também Ele teve pensamentos que poderiam tê-lo afastado da sua missão: procurar ser uma «vedeta», ser reconhecido, aplaudido...
Apesar do «tentador», Jesus continua a acreditar que veio para curar, levantar, salvar, amar aqueles que já não acreditavam em nada nem em ninguém.
Na Bíblia, o «diabo» também é chamado Satanás, Belzebu, Maligno.
Ah sim! Porque realmente ele semeia a confusão nos corações! Empurra-nos para o mal, afasta-nos de Deus.
Há como que um combate interior, entre aquilo que gostaríamos muito de experimentar fazer «para saber» e aquilo que deveríamos fazer de facto.
Ao longo de toda a sua vida, Jesus combateu o mal:
fez recuar o sofrimento, a maldade e até a morte!
Na oração do «Pai-nosso», que podes rezar, dizemos com Jesus:
«Não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal.»
Ensina-me, Senhor, a ser sempre simples e discreto.
Não preciso de ser uma vedeta nem de ser aplaudido ou agradecido todos os dias para ser feliz.
Ajuda-me a fazer tudo o que me for possível para nunca deixar ninguém triste ou infeliz.
A Quaresma começa, precisamente, com um símbolo bem conhecido e consolidado: a Cinza, que nos lembra a condição efémera da vida e o seu destino de eternidade em Deus. A Cinza de cada ano, recorda também a árvore da Cruz Ressuscitada da Vigília Pascal do ano anterior.
Evangelho segundo S. Mateus 6, 1…18
«Não façais as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitais que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos, pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»
A MENSAGEM DE JESUS NESTE EVANGELHO É A SEGUINTE:
«Dar esmola, jejuar, rezar…»
Dar esmola? Hoje diríamos «partilhar», dar provas de solidariedade para com os que não têm sequer o necessário para se sentirem bem nas suas vidas. Jejuar, privar-se um pouco de comida, não para fazer sofrer o nosso corpo mas, para descobrir que na nossa vida há também uma fome de amor e FOME DE DEUS.
E rezar, falar a Deus, o mais frequentemente possível para manter uma «ligação» com Ele!
A Quaresma começa na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Ramos, dia em que se inicia a Semana Santa.
Durante este tempo fazemos um esforço para recuperar o ritmo e o jeito de viver de autênticos cristãos. É assim que preparamos a Celebração do mistério pascal.
MUDANÇA DE VIDA
A Igreja exorta-nos a escutar a Palavra de Deus, que nos convida a seguir Jesus Cristo, o homem perfeito. Contemplando o jeito de viver de Jesus, vamos percebendo que é no seu seguimento que está a felicidade que buscamos. Este é um tempo propício para conhecermos, amarmos e seguirmos com mais fidelidade a Jesus Cristo.
A Igreja convida-nos também a um amor fraterno com mais qualidade. Este é o tempo de nos libertarmos de ódios e rancores, de egoísmos e maldades, para experimentarmos a alegria de amar e de perdoar, de servir e de fazer o bem. Temos mais uma vez como modelo Jesus Cristo, que por nós deu a vida, antes de alcançar a glória da Ressurreição.
QUARENTA DIAS
A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número 40 na Bíblia. Nesta, fala-se dos 40 anos do caminho do povo de Deus no deserto, dos 40 dias de Moisés e Elias na montanha, dos 40 dias que passou Jesus no deserto.
Este número significa o tempo da nossa vida sobre a terra com provações e sofrimentos. É um tempo em que carregamos a nossa cruz com alegria, na esperança de alcançarmos a glória da ressurreição.
Várias lendas, poucas certezas.
Existem inúmeras teorias sobre a origem de São Valentim a sobre como este mártir romano se tornou o patrono dos apaixonados. Estas teorias tiveram por base inúmeras lendas que, por certo, se basearam em factos perdidos no tempo. O facto é que, ao longo da história da Igreja Católica, existiram pelo menos três santos que davam pelo nome de Valentim ou Valentinus, todos mártires, o que dificulta ainda mais as tentativas de apurar a verdade.
De entre as várias lendas, salientam-se duas:
A primeira mais simplista, apresenta S. Valentim como um simples mártir que se recusou a abdicar da fé cristã que professava, em meados do século III d.C;
A segunda, mais elaborada, defende que, no séc III d.C, o Imperador Romano Claudius II teria decretado a nulidade e proibido os casamentos com o intuito de angariar mais soldados para as frentes de batalha.
Valentim, um sacerdote da época, teria violado o injusto decreto imperial, realizando casamentos em segredo. Assim, Valentim teria sido preso, torturado e condenado à morte por violar a lei.
Na prisão, ele teria recebido muitas mensagens de encorajamento e flores das pessoas que acreditavam no amor e que lhe eram atiradas pela janela da sua cela.
Júlia, a filha do seu carcereiro, cega de nascença, visitava-o com frequência durante o seu cativeiro, levando-lhe comida. Conversavam muito e Valentim descrevia-lhe o mundo e falava-lhe de Deus.
Valentim sensibilizou-se com o seu problema e todos os dias implorava a Deus que a fizesse recuperar a visão. Um dia, durante uma de suas visitas, uma luz iluminou a cela e Júlia começou a chorar porque um milagre acabara de acontecer. Finalmente ela conseguia ver! Perante o milagre, toda a sua família se converteu ao cristianismo.
Informado do milagre e vendo que Valentim não renunciara ao seu Deus, o imperador Claudius II condena-o à morte.
Na véspera da sua morte, ele escreve uma última carta à Júlia pedindo-lhe que não se afaste de Deus e assina “do seu Valentim”.
Ambas teorias apresentam pontos em comum:
- São Valentim fora um sacerdote cristão.
- O sacerdote teria sido um mártir;
- O santo teria sido morto a 14 de Fevereiro do ano 269 d.C.
São Valentim, além de proteger os namorados, é padroeiro, e também é invocado contra a doença da Peste.
"O MAIOR ACTO DE FÉ NÃO É SÓ ACREDITAR EM DEUS,
MAS ACREDITAR QUE DEUS ACREDITA EM MIM".
A festa do dia 11 de Fevereiro faz-nos voltar com o pensamento à gruta de Massabielle, nos altos Pirenéus franceses, onde em 1858 Nossa Senhora se manifestou dezoito vezes a Santa Bernadete Soubirous. Daquela gruta, que se tornou um lugar de oração e de esperança para numerosos peregrinos provenientes de todas as regiões do mundo, a Imaculada continua a exortar à oração, à penitência e à conversão. É a própria mensagem de Cristo: "Convertei-vos e acreditai no Evangelho" (Mc 1, 15),
Acolhamo-la com adesão humilde e dócil! A peregrinação até aos pés da Virgem, realizada pelos doentes e pelas pessoas que sofrem, constitui uma exortação incessante a confiar em Cristo e na sua Mãe celestial, que jamais abandonam quantos acorrem a eles nos momentos de sofrimento e de provação.
Ao morrer na cruz Cristo, o Homem das dores, cumpriu o desígnio de amor do Pai e redimiu o mundo. Queridos doentes, se aos seus sofrimentos unirdes inclusivamente as vossas dores, podereis ser os seus colaboradores privilegiados na salvação das almas. Esta é a tarefa que vos compete na Igreja, que vive perenemente consciente do papel e do valor da enfermidade iluminada pela fé. Por conseguinte, queridos doentes, o vosso sofrimento nunca é inútil! Pelo contrário, é precioso porque constitui uma participação misteriosa mas concreta na própria missão salvífica do Filho de Deus.
Maria, Mulher do sofrimento e da esperança, seja benigna para com as pessoas que sofrem e obtenha a plenitude de vida para cada um: que Ela estreite todos ao seu Coração de Mãe!
MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
11 de Fevereiro de 2005
Dóceis ao convite de vossa voz maternal, Ó Virgem Imaculada de Lurdes, acorremos a vossos pés junto da humilde gruta onde vos dignastes aparecer para indicar aos que se extraviam, o caminho da oração e da penitência, e para dispensar aos que sofrem, as graças e os prodígios da vossa soberana bondade.
Recebei, Rainha compassiva, os louvores e as súplicas que os povos e as nações oprimidos pela amargura e pela angústia elevam confiantes a vós. Ó resplandecente visão do paraíso, expulsai dos espíritos – pela luz da fé – as trevas do erro. Ó místico rosário com o celeste perfume da esperança, aliviai as almas abatidas. Ó fonte inesgotável de água salutar com as ondas da divina caridade, reanimai os corações áridos.
Fazei que todos nós, que somos vossos filhos por vós confortados em nossas penas, protegidos nos perigos, sustentados nas lutas, nos amemos uns aos outros e sirvamos tão bem ao vosso doce Jesus que mereçamos as alegrias eternas junto ao vosso trono no céu. Amem.
Oração composta pelo Papa Pio XII
E te pões a dar-me conselhos
Não estás a fazer o que te pedi.
Quando te peço que me ouças
E me dizes que não me devia sentir assim,
Estás a ferir os meus sentimentos.
Quando te peço que me ouças
E sentes que tens de agir
Para solucionar os meus problemas
Decepcionas-me… ainda que te pareça estranho.
Ouve, é tudo o que te peço!
Não fales, não faças nada!
Escuta-me apenas!
Talvez por isso é que falar com Deus
Nos consola tanto…
Porque Deus não fala, não dá conselhos…
Deus só escuta,
E deixa que eu encontre a solução
Por mim mesmo.
“POR ISSO DEUS NOS DEU DOIS OUVIDOS E UMA BOCA PARA QUE ESCUTEMOS O DOBRO DO QUE FALAMOS”